ANTROPOCENO
A série Antropoceno é composta por impressões digitais, desenhos e esculturas.
A obra parte do questionamento a respeito da atual sociedade utilitarista e sua eminente capacidade de autodestruição.
O título faz menção ao termo antropoceno, formulado por Paul Crutzen, ganhador do Prêmio Nobel de Química de 1995. O prefixo grego “antropo” significa humano; e o sufixo “ceno” denota as eras geológicas, logo antropoceno se refere à Era dos Humanos, na qual a humanidade se multiplica em tamanha velocidade que danifica o equilíbrio de todas as áreas naturais, provocando danos irreparáveis que podem se transformar no começo do fim da sua Era.
Na obra, há um aglomerado de cubos fechados de cerâmica apoiados sobre um trilho de metal, como caixotes, que representam a sociedade contemporânea. Em contraposição, há um conjunto de formas orgânicas, ora como raízes, ora como árvores, representando a natureza. Estas representações trazem o conceito de ambiguidade, como geométrico e orgânico; cidade e natureza; vida e morte.
As formas são construídas em camadas sobrepostas, fazendo menção à parte do conceito de Crutzen, no qual o Planeta herdará uma camada geológica de humanos que futuramente será encoberta pela, sempre presente, natureza.